Widde Talks com Sara Lanzini

No #3 Widde Talks, recebemos a Sara Lanzini, Co-Fundadora e Diretora Criativa da Vinci Shoes. A Sara fundou a Vinci junto com dois sócios, e na época não tinham nenhuma experiência na área do calçado. Mesmo assim, conseguiram inovar e hoje se destacam no mercado. Ela dividiu muitos aprendizados e dicas práticas sobre moda consciente e estratégias de crescimento no e-commerce.

CONTEXTO VINCI SHOES

A Vinci tem fabricação própria e, em Julho de 2023, completará 10 anos desde que foi fundada, em Estância Velha (Rio Grande do Sul), pelos três sócios Sara Lanzini, Rodrigo Morsch e Bruno Henkel.

  • Hoje contam com 4 lojas físicas e a 5ª será inaugurada em Abril de 2023
  • Produzem, em média, 250 pares de flats (sapatos sem salto) por dia
  • Têm quase 50 colaboradores
  • 70% do faturamento vem do e-commerce e 30% das lojas físicas

No início da trajetória, perceberam que não haviam muitas alternativas no mercado para mulheres que não queriam usar salto, por isso resolveram se especializar nisso. Começaram com sapatilhas de bico redondo, depois fino, foram para rasteiras, depois botas, e por aí vai. Hoje, existe uma extensa variedade com mais de 300 SKUs. A Vinci tem modelos para todos os estilos, até para noivas.

🥇 COMO INOVAR EM UM MERCADO TRADICIONAL

Quando iniciaram, não era nada comum vender sapato online, e eles foram contra a maré de lojas que começavam sempre no físico. Por estarem inovando e começando 100% online, sempre tiveram uma preocupação muito grande em cuidar da experiência de compra.

Alguns fatores de extrema importância:

  1. Atendimento humanizado: com o canal de atendimento ao e-commerce sempre disponível, buscam ajudar os clientes desde dúvidas de tamanho até como combinar com um look. O que importa é: mesmo que o cliente chegue com um problema, que ele consiga sair feliz desse atendimento.
  2. Unboxing: já que no online existem algumas limitações na experiência comparada ao físico, sempre se preocuparam em surpreender aos clientes quando recebessem seus pedidos. As pessoas recebiam o sapato em um cilindro colorido com frases em volta, que depois guardavam para outras utilidades. Hoje trabalham com caixas, pois possuem calçados maiores, mas sempre mantendo o perfume com cheiro exclusivo da Vinci e com um ajuste de calce (adesivo acolchoado) como brinde.

ZERO ESTOQUE

Não existe marca que faça sucesso só com produto ou só com marketing. Por isso, a Sara contou que, desde o início, tiveram a cultura de testar, errar rápido e ouvir outras opiniões.

A Vinci tem sua fabricação própria e é parte do seu DNA a moda de maneira desacelerada e consciente. Por isso, não trabalham com estoque. Além de ser mais barato, esse modelo permite que eles não precisem lançar produtos igual a maior parte do segmento.

Tradicionalmente, quando uma empresa lança uma coleção de sapatos, primeiro produz uma quantidade, às vezes vai pra uma feira pra apresentar pro mercado, depois vende e começam a chegar os pedidos, pra então colocar no site e começar a produzir mais. Isso leva, no mínimo, 2 meses, o que é muito tempo para uma empresa que busca estar constantemente inovando. Na Vinci Shoes, fazem lançamento produto novo toda semana, o que permite analisar a adesão dos clientes e ouvir o que eles querem.

Um outro ponto positivo que a Sara citou sobre não trabalharem com estoque é a personalização, que chamam de “My Vinci”. Por exemplo, se você tem um pé maior que o outro, tem a possibilidade de comprar um de cada medida. Ou então, se tem o pé mais magro ou mais alto, pode ter um sapato com a sola de um modelo e a tira de outro.

Ainda sim, eles são competitivos no tempo de entrega, pois com o processo de fabricação único, hoje a produção dos sapatos é de 3 a 5 dias. Se o cliente mora em São Paulo, em até uma semana recebe seu pedido.

💡 COMO OUVIR SEUS CLIENTES

As lojas físicas são um grande ponto de contato para ter feedbacks de produto. Por isso, o alinhamento com as lojas é constante.

➡️  No entanto, estão sempre atentos a todos os canais, e um outro importante canal é o Video Commerce. Através dos vídeos no e-commerce, recebem sugestões e comentários de clientes na hora da decisão de compra no site, algo extremamente efetivo para entender o que pode ter faltado para o cliente ter certeza de sua compra.

“Às vezes, a gente faz um vídeo bem produzido, mas o que a cliente quer ver é o produto sendo colocado no pé e como ele fica quando caminha”, contou a Sara.

Pontos positivos que ela identificou com o uso do Video Commerce na Vinci:

  • Facilidade para adicionar rápido os vídeos no site e de os clientes verem. Os vídeos ficam como se fossem stories na página, um formato que as pessoas já estão acostumadas
  • Impacto na taxa de conversão: o consumidor fica mais confortável e seguro antes de comprar
  • Ajuda a mostrar ao cliente o diferencial do produto e passar mais confiança
  • Variedade de conteúdos: utilizam este formato para também explicar o que as pessoas podem esperar encontrar em uma categoria do site e pra falar sobre promoções.
  • Pensando nisso, algo que já querem trazer mais para o e-commerce são vídeos com dicas exclusivas: além de ver detalhes do produto, os clientes também querem dicas de como usar e como combinar.

O QUE FEZ A VINCI ESCALAR?

Mesmo quando ainda era uma marca pequena, se organizavam para ter um conteúdo muito bom nas redes sociais, que fizeram toda a diferença para poder crescer e escalar. Durante 2 anos, foram apenas os 3 sócios na linha de frente da empresa, e eram eles que produziam esses conteúdos, enquanto se dedicavam a: fazer as fotos sempre bem tratadas e em diferentes ângulos, cuidar das embalagens, brindes, chat no e-commerce, e por aí vai!

Quando a Sara começou a aparecer mais nos conteúdos da loja, ajudou a criar maior conexão com os consumidores, por verem quem está por trás da marca. Hoje, além do grande time que montaram, também trabalham com influenciadores.

Pontos importantes que a Sara trouxe sobre influenciadores:

  • Influenciadores fazem a diferença, mas não significa que se o número de seguidores é grande que vai vender. É importante sempre pensar:
  • Qual tipo de infuenciador correto para o seu público e para a sua marca?
  • Qual seu budget?
  • Qual o objetivo (conversão, awareness, etc)?
  • A Vinci trabalha com diversos influencers menores em Porto Alegre e que trazem resultados enormes de venda.
  • ⭐ Uma sacada muito legal: estão montando um modelo comissionado com pessoas parceiras, tanto para clientes que tenham um número maior de seguidores quanto para influenciadores.

Você também busca inovar no seu mercado?

Você precisa ter coragem. Pense em quantas vezes a Sara e seus sócios não ouviram lá no começo “Quem compra sapato online?”. Se tivessem dado ouvidos para essas pessoas, não teriam construído o que construíram. Se você acredita na sua ideia e seu produto, vá em frente!

E se precisar buscar maneiras de fazer as coisas diferentes para se destacar, o melhor que faz é: ter ao seu lado pessoas que compartilhem do que você acredita e ouvir seus clientes. Clientes têm muitas dores, sempre. Ouvindo eles, conseguirá encontrar novas ideias e caminhos para testar e buscar a inovação no seu negócio.

Quer assistir a live completa que fizemos com a Sara Lanzini?

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